O regresso à escola

Estamos de volta à escola, às aulas e ao convívio de todos os dias... Talvez nem sempre nos tenhamos posto a pensar no que isso significa, mas há quem o faça. Inclusive de uma forma curiosa e inquietante, como é o caso do escritor (e também professor...) Miguel Tamen, numa crónica recente (de 9 de setembro):

A expressão ‘regresso às aulas’ imita a expressão ‘regresso a casa’. Ouve-se dizer que a escola é uma casa. Mas a escola é mais parecida com uma paragem de autocarro ou uma loja que com uma casa.
Anuncia-se pelas esquinas o regresso às aulas. Porquê exactamente ‘regresso’? À primeira vista porque já lá se esteve; à segunda porque é lá que se acaba. Ir para a escola e andar na escola tem um grau de inevitabilidade parecido com o da morte e dos impostos. É natural que muitas crianças achem que se parece com a morte; mas parece-se mais com os impostos. Como os impostos, a escola não tem de ser o que é; e é até concebível que não seja de todo.
Não significa isso que não seja importante aprender coisas com outras pessoas, ou por si só; e aprender coisas que normalmente só se aprendem na escola, e que é prático que se possam aprender lá: história, matemática ou música. A questão é saber se essas coisas se têm de aprender lá. A doutrina parece ser a de que a escola é necessária às crianças; o consenso, o de que não é suficiente; e se não for nem uma coisa nem outra?

Fica aqui o artigo completo para quem tiver curiosidade...
Para já, bom ano e bom regresso para todos! A Biblioteca Escolar, como é óbvio, também está de volta, de portas abertas, ainda com algumas limitações devido à distribuição dos manuais escolares, mas já pronta para prestar os seus serviços a quem deles precisar.

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