terça-feira, 1 de dezembro de 2015

W. Somerset Maugham, o autor do mês de dezembro

Passam, neste mês de dezembro de 2015, 50 anos sobre a morte de um dos mais importantes e consagrados autores de língua inglesa do século XX, Somerset Maugham.
William Somerset Maugham nasceu em Paris, onde o pai trabalhava na embaixada britânica, a 25 de janeiro de 1874 e foi um importante escritor inglês, autor de romances e peças de teatro. William perdeu os pais muito cedo, o que explica a sua ida para Inglaterra em 1882. Foi entregue a tio de temperamento frio e cruel, que o matriculou num colégio interno, onde passou alguns anos de sofrimento. Estudou Literatura, Alemão e Filosofia na Universidade de Heidelberga (Alemanha), onde permaneceu durante um ano. Regressou a Inglaterra e experimentou várias profissões (contabilista, funcionário estatal), sempre sob supervisão do tio, que finalmente o persuadiu a licenciar-se em Medicina. Foi durante os cinco anos do curso de Medicina que Somerset Maugham se começou a dedicar à escrita, publicando em 1897 o seu primeiro livro, intitulado Liza, a pecadora. O livro foi muito bem acolhido pelo público e pelos críticos, o que levou Somerset Maugham a abandonar a carreira médica e a dedicar-se exclusivamente à escrita, iniciando uma carreira literária que durou 65 anos. Viajou por vários locais do mundo e viveu fora de Inglaterra, em Espanha e em Itália, por exemplo. O sucesso obtido com a primeira obra repetiu-se dez anos depois, com a peça Lady Frederick.
Durante a I Guerra Mundial, Somerset Maugham serviu na Cruz Vermelha Britânica como condutor de ambulâncias. Foi nesta altura que publicou a sua obra-prima: Servidão humana. Foi também durante a guerra que se casou com Syrie Wellcomo, de quem teve uma filha chamada Mary Elizabeth e de quem se viria a divorciar em 1928. Chegou a trabalhar como espião na Suíça e na Rússia. Viajou por várias partes do mundo, mas uma das suas viagens, em que percorreu vários territórios do Pacífico, foi especialmente marcante, pois nela colheu as informações que usou para escrever um dos seus livros mais famosos, The Moon and Sixpence, inspirado na vida do pintor Paul Gauguin.
Em 1928, Maugham adquiriu uma mansão no Sul de França, em Cap Ferrat, onde passou a viver. Foi obrigado a abandoná-la nos anos 40, com a invasão da França pela Alemanha e a declaração da II Guerra Mundial. Passou a residir nos Estados Unidos, onde as suas conferências de apoio à Grã-Bretanha se tornaram famosas. Com o final da guerra, em 1946, regressou à sua casa no Sul de França, onde viveu até à morte, gozando o amplo sucesso alcançado pelas suas principais obras: Servidão humana, O mágico, O véu pintado, Contos dos mares do sul, O fio da navalha e Paixão em Florença.
Alguns destes livros encontram-se disponíveis e (durante este mês) expostos na Biblioteca Escolar da sede.