W. Somerset Maugham, o autor do mês de dezembro
Passam, neste mês de dezembro de 2015, 50 anos sobre a morte de um dos mais importantes e consagrados autores de língua inglesa do século XX, Somerset Maugham.
William Somerset Maugham
nasceu em Paris, onde o pai trabalhava na embaixada britânica, a 25 de janeiro
de 1874 e foi um importante escritor inglês, autor de romances e peças de
teatro. William perdeu os pais muito cedo, o que explica a sua ida para
Inglaterra em 1882. Foi entregue a tio de temperamento frio e cruel, que o
matriculou num colégio interno, onde passou alguns anos de sofrimento. Estudou
Literatura, Alemão e Filosofia na Universidade de Heidelberga (Alemanha), onde
permaneceu durante um ano. Regressou a Inglaterra e experimentou várias
profissões (contabilista, funcionário estatal), sempre sob supervisão do tio,
que finalmente o persuadiu a licenciar-se em Medicina. Foi durante os cinco
anos do curso de Medicina que Somerset Maugham se começou a dedicar à escrita,
publicando em 1897 o seu primeiro livro, intitulado Liza, a pecadora. O livro foi muito bem acolhido pelo público e
pelos críticos, o que levou Somerset Maugham a abandonar a carreira médica e a
dedicar-se exclusivamente à escrita, iniciando uma carreira literária que durou
65 anos. Viajou por vários locais do mundo e viveu fora de Inglaterra, em
Espanha e em Itália, por exemplo. O sucesso obtido com a primeira obra
repetiu-se dez anos depois, com a peça Lady
Frederick.
Durante a I Guerra
Mundial, Somerset Maugham serviu na Cruz Vermelha Britânica como condutor de
ambulâncias. Foi nesta altura que publicou a sua obra-prima: Servidão humana. Foi também durante a
guerra que se casou com Syrie Wellcomo, de quem teve uma filha chamada Mary
Elizabeth e de quem se viria a divorciar em 1928. Chegou a trabalhar como
espião na Suíça e na Rússia. Viajou por várias partes do mundo, mas uma das
suas viagens, em que percorreu vários territórios do Pacífico, foi
especialmente marcante, pois nela colheu as informações que usou para escrever
um dos seus livros mais famosos, The Moon
and Sixpence, inspirado na vida do pintor Paul Gauguin.
Em 1928, Maugham
adquiriu uma mansão no Sul de França, em Cap Ferrat, onde passou a viver. Foi
obrigado a abandoná-la nos anos 40, com a invasão da França pela Alemanha e a
declaração da II Guerra Mundial. Passou a residir nos Estados Unidos, onde as
suas conferências de apoio à Grã-Bretanha se tornaram famosas. Com o final da
guerra, em 1946, regressou à sua casa no Sul de França, onde viveu até à morte,
gozando o amplo sucesso alcançado pelas suas principais obras: Servidão humana, O mágico, O véu pintado, Contos dos mares do sul, O fio da navalha e Paixão em Florença.
Alguns destes livros encontram-se disponíveis e (durante este mês) expostos na Biblioteca Escolar da sede.
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