Luís Filipe Castro Mendes, o autor do mês

O autor do mês de setembro, mesmo a abrir o ano letivo, é o poeta Luís Filipe Castro Mendes. Este poeta é também ministro, Ministro da Cultura, e estará na nossa escola no dia 14 de setembro pelas 11 horas para fazer a abertura oficial do ano letivo. O local escolhido para o evento foi a Biblioteca Escolar, que estará de portas abertas para receber todos os interessados em assistir à sessão, que terá algumas surpresas agradáveis.
Estará em exposição na Biblioteca Escolar informação sobre o escritor, para além de ser possível ler e requisitar o seu livro mais recente, Outro Ulisses regressa a casa, que estará também em exposição.
Aqui fica uma biografia breve do autor:

Poeta e ficcionista português, Luís Filipe Castro Mendes nasceu em 1950 em Idanha-a-Nova, onde o seu pai trabalhava como juiz. Ainda muito cedo, entre 1965 e 1967, foi colaborador do jornal Diário de Lisboa-Juvenil. Em 1974, licenciou-se em Direito pela Universidade de Lisboa e desenvolveu, a partir de 1975, uma carreira diplomática, sucessivamente em Luanda, Madrid e Paris. Ao serviço do Ministério dos Negócios Estrangeiros, esteve ainda colocado na UNESCO e no Conselho da Europa. Deixou recentemente essas funções para assumir o cargo de Ministro da Cultura. Enquadrável numa estética pós-modernista, a obra de Luís Filipe de Castro Mendes revela um universo enigmático onde o fingimento e a sinceridade, o romântico e o clássico, a regra e o jogo levam até às realizações mais lapidares e expressivas O Jogo de Fazer Versos. Desde Recados (1983), o seu livro de estreia, onde problematiza quer a relação entre o sujeito e a realidade pela impossível nomeação que inscreve a poesia entre a palavra e o silêncio ("Quanto te disse, toma-o pelo mais claro do silêncio que nos coube"), quer a relação entre o eu e o outro, numa última parte composta por uma série de mensagens dirigidas a destinatários identificados pelo nome próprio; até Correspondência Secreta (1995), obra fundada sobre a invenção histórico-ficcional e sobre o exercício de paródia, reunindo uma série de textos (monólogos, cartas e poemas) atribuídos a figuras literárias (Marquesa de Alorna, Filinto Elísio, Cavaleiro de Oliveira, entre outros) na charneira entre o classicismo e o pré-romantismo, a obra de Luís Filipe Castro Mendes tem ainda como traço distintivo a capacidade de renovar, com inquestionável mestria, as experiências de escrita. Areias Escuras (1984), Seis Elegias e Outros Poemas (1985), galardoado com o Prémio da Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto, A Ilha dos Mortos (1991), Viagem de Inverno (1993), O Jogo de Fazer Versos (1994), Modos de Música (1996), Outras Canções (1998), Os Dias Inventados (2001), Lendas da Índia (2011), a que foi atribuído o Prémio António Quadros, A Misericórdia dos Mercados (2014) e Outro Ulisses Regressa a Casa (2016) são ainda exemplos de outras obras deste autor.


Comentários

Mensagens populares deste blogue

"Trinta por uma linha", de António Torrado, na BE da EB1 (com os alunos do 3.º ano)

Atividade de leitura na BE do 1.º Ciclo: "Contos para a infância", recolha de Guerra Junqueiro

A "Fábula dos feijões cinzentos" na BE da EB1: o 25 de abril trocado por feijões...